Narcisismo espiritual

Eu faço três meditações por dia. Passo meia hora olhando dentro de mim. Aprendi a conhecer minha respiração e a respirar cada vez melhor. Com a prática da meditação e de olhar pro meu interior, adquiri autoconhecimento. Como é bom me conhecer! Meus chacras estão alinhados e não permito que se desalinhem. Desenvolvi os bons Leia mais… »

Chá quentinho com aroma de orquídea

O aroma diferente recendeu na cozinha; um perfume conhecido, porém não identificado de pronto. Que cheiro novo é esse? Era adocicado, parecido com fragrância de colônia da vó, trazendo reminiscências de infância para o nosso chá noturno. Bingo! Era do chá novo, comprado naquele dia. Uma mistura de camomila, mel e baunilha. Nunca fui muito Leia mais… »

O ar que me falta

Li o livro do Luiz Schwarcz, “O ar que me falta – História de uma curta infância e de uma longa depressão” (Cia. Das Letras, 2021). Ele tem depressão. Ele é bipolar. Ele escreveu sobre isso. Não importa a classe social, a conta bancária, a cor da pele, não importa nada. O ser humano sofre. Leia mais… »

Velhos são gente, não anjos

As tradições familiares, por afeto ou pressão histórico-cultural ou por influência religiosa, generalizam incoerências. Uma delas é afirmar que todo idoso é sábio, que devemos valorizar e respeitar a sabedoria dos mais velhos, ouvi-los e nos referenciar em seus atos, seguir seus conselhos, aprender com eles. Só que idosos são seres humanos, têm limitações, falhas, Leia mais… »

Você tem nojo de quem?

Comentários sobre Nojo, lançamento de Divanize Carbonieri pela Carlini&Caniato Editorial Quando procurei Divanize Carbonieri para pedir seu mais novo livro, após as trocas de informações sobre preço e envio, ela escreveu: “espero q vc não se assuste muito com o Nojo”. Do pouco que já havia lido a respeito, nada se associava a essa fala. Leia mais… »

Gente esquecida

Sobre o livro “A vida que ninguém vê”, de Eliane Brum Contei esta história dias atrás e vou repetir aqui: recém-formada, primeiros anos de profissão, ouvi de um jornalista próximo que “gente comum não interessa a ninguém, inclusive não vende jornal”. A afirmação veio em resposta ao meu desejo de escrever sobre a gente anônima, Leia mais… »

Subversiva

Na saída do banheiro do hospital passaram-lhe um folheto, com informações sobre direitos não assegurados; o que o governo escondia e a imprensa não podia noticiar; e quem denunciava era preso e desaparecido. Sabia algo a respeito, porque ouvira do irmão, antes do sumiço. Por onde andaria? A pergunta veio à mente junto com um Leia mais… »

Ela tem meu nome

Para Maria da Penha Subia o tom da discussão, enquanto subiam os créditos do telejornal noturno na sala de TV, contígua ao salão de três ambientes. Pouco tempo de casados e já não se continham – um grito tentava superar o outro grito, até o bate-boca acabar em violência física. Um empurrão, uma rasteira, um Leia mais… »

Pé de não sei quê

E o maldito pé de não sei quê enfim pendeu de vez, mortinho. Arqueou o tronco fino lentamente, perdendo sua força; tentou apoiar no muro, mas minha vontade que virasse um molho de folhas secas pareceu vencer o que lhe restava de viço. E ali está: acabado, sem chance de voltar a assombrar minhas lembranças Leia mais… »

Blusinha roxa

Na chuvarada que desabou sobre a rodovia na noite escura, a carreta capotou. Estrada sinuosa, a água batendo pesado no para-brisa e a discussão violenta foram determinantes para o desfecho trágico. O cavalo se soltou da carroceria, derrapou e emborquilhou. O que parecia ser um tempo sem fim, durou segundos, e estava lá, o corpo Leia mais… »