Pé de não sei quê

E o maldito pé de não sei quê enfim pendeu de vez, mortinho. Arqueou o tronco fino lentamente, perdendo sua força; tentou apoiar no muro, mas minha vontade que virasse um molho de folhas secas pareceu vencer o que lhe restava de viço. E ali está: acabado, sem chance de voltar a assombrar minhas lembranças Leia mais… »

Alguém pra segurar a minha mão

“Se morrer é um evento natural da vida, não podemos tirar das pessoas o direito de morrer em paz”. Essa foi uma das inúmeras frases marcantes que a jornalista Giovana Damaceno ouviu em horas de entrevistas e em visitas domiciliares, acompanhando o médico José Antônio Pereira Fernandes, do Serviço de Atenção Domiciliar de Volta Redonda/RJ. Leia mais… »

Catarina

Sou Catarina Medeiros. Tenho noventa anos. Viúva, mãe de quatro filhos, treze netos, três bisnetos. Moro sozinha na estância que construí com meu marido. Por aqui, hoje, só eu e três empregados na casa, que a mantêm em ordem e a mim, até que finalmente, se houver mesmo esse Deus em que tantos acreditam, que Leia mais… »

Epitáfio em três versos

Onofre foi enterrado às nove horas de uma manhã fria e chuvosa. Alberto, ante o lóculo onde deixaria para sempre o amigo, sentiu a tristeza comprimir o peito. Não pela separação sem retorno, mas pela despedida em dia tão feio. “Onofre merecia partir com céu claro, de azul límpido, sol manso e brisa perfumada”, pensou. Leia mais… »